sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Hoje mais do que nunca, gostava que nunca tivesses partido, para longe, apesar de te guardar sempre no coração, ano após ano... hoje gostava de te sentir, presencialmente... as tuas mãos a segurar as lágrimas que correm em meu rosto, os teus braços junto ao meu corpo, num abraço que reconforta a alma...
Serás sempre e para sempre, o único que me compreende pai!

sábado, 22 de outubro de 2011

Sick.

E como esta semana foi só coisas boas, ora aqui vai uma para o um fim de semana em beleza:
I'm SICK :\

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

o luto é...


 “O luto é tão natural como chorar… como quando te queixas, quando dormes porque estás canso, quando comes porque tens fome… então o luto é a forma que a natureza tem de reparar um coração ferido” (Doug Manning)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Se a vida fosse sempre "cor-de-rosa" não tinha a mesma piada...

hoje não foi definitivamente um dia fácil...
na verdade nunca é fácil quando "perdemos", ou vemos fugir o nosso coração...
mas, ao chegar a casa, e ver o desenho no meu quarto cheio de coração a dizer: adoro-te prima, já fez valer a pena...

Porque já o disse várias vezes a muitas pessoas diferentes: se a vida fosse só cor-de-rosa não tinha a mesma piada : ) às vezes, mesmo sem sabermos, temos ao nosso lado mais do que alguma vez pensamos, e é nisso que temos que nos apoiar: lutar, cair, mas levantar-nos sempre (L)

beijinhos

A'

domingo, 9 de outubro de 2011

é de pequenino que se torce o pepino..

são muitas as conversas que tenho com a minha prima de 7 anos, na tentativa de não deixar nada por esclarecer, e por torná-la uma criança, adolescente e adulta, mais e melhor...
a conversa de hoje foi sobre... sexualidade
a M, recebeu nos seus anos um livro sobre sexualidade:
A: Então de que falava o teu livro?
M: Só vi as imagens!
A: Mas tens alguma dúvida?
M: Não, é o coito a vulva, a glande...
(até aqui tudo bem...)
A: Mas basicamente de que fala mesmo o livro?
M: Oh prima, é ficar a conhecer por dentro o pénis e a VERGÍNIA! (ahahaha)

Escusado será dizer que foi a risada, mas depois expliquei-lhe que era vagina, e que o coito, ao contrário do que ela pensava não era o do jogo das escondidas ahaha (ela sabe mais do que o que pensamos, e as vezes vem-me com umas conversas, de namorados e afins...MEU DEUS, é isto que me faz sentir velha :P)

Eu sei que a sexualidade, é, ainda nos tempos de hoje um assunto tabú, especialmente quando se trata dos pais falarem sobre os seus filhos sobre a mesma, mas estou certa de que a melhor maneira é ter uma relação aberta e falar-se sobre tudo, esclarecendo todas as suas dúvidas. Podem recorrer a livros, videos, outros profissionais... mas não deixem nada por falar... :)

sábado, 8 de outubro de 2011

o essencial é invisível para os olhos...

Andando, o principezinho encontrou um jardim cheio de rosas. Contemplou-as... Eram todas iguais à sua flor.

E deitado na relva, ele chorou...
...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... Cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito... São precisos rituais.
- Que é um ritual? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. (...)
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ai! – Exclamou a raposa – Ai que me vou pôr a chorar...
- A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Pois quis.
- Mas agora vais-te pôr a chorar!
- Pois vou
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! Disse a raposa. Por causa da cor do trigo… Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo. (...)
- Adeus...
- Adeus, disse a raposa. Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
O essencial é invisível para os olhos – repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
-Os homens já se esqueceram desta verdade, disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...

Excerto de "O Principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry